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Pedro e Paulo: os corifeus da Fé


Festejar São Pedro e São Paulo é celebrar a nossa fé católica e apostólica; e esta é uma graça porque é revelação do próprio Senhor; uma dádiva.


O Catecismo da Igreja Católica, tratando a fé como graça, diz: "Quando São Pedro confessa que Jesus é o Cristo, Filho do Deus vivo, Jesus lhe declara que esta revelação não lhe veio da 'carne e do sangue, mas de meu Pai que está nos céus' (Mt 16,17). A fé é um dom de Deus, uma virtude sobrenatural infundida por Ele" (n. 153). Louvamos, pois, a Deus por este presente, dado a Pedro, dado a Paulo, e, por meio deles e dos outros apóstolos, dado a nós, filhos desta mesma Igreja; haja vista que, dos Apóstolos, recebemos o primeiro testemunho da fé.


Sobre a fé de Pedro, de maneira especial, chamado "Pedra" pelo próprio Senhor, é base sobre a qual o Cristo constituiu a Sua Igreja Santa. São Leão Magno dirá a este respeito: "A Igreja de Cristo ergue-se na firmeza da fé do apóstolo Pedro. Dentre todos os homens do mundo, Pedro foi o único escolhido para estar à frente de todos os povos chamados à fé, de todos os apóstolos e de todos os padres da Igreja. Embora no povo de Deus haja muitos sacerdotes e pastores, na verdade, Pedro é o verdadeiro guia de todos aqueles que têm Cristo como chefe supremo. Deus dignou-se conceder a este homem, caríssimos filhos, uma grande e admirável participação no seu poder. E se ele quis que os outros chefes da Igreja tivessem com Pedro algo em comum, foi por intermédio do mesmo Pedro que isso lhes foi concedido" (Sermo 4,2).


Charles Coulombe, no seu livro 'História dos Papas', escrevendo sobre a vida de Pedro, fala - dentre tanto - algo bastante interessante acerca do perfil biográfico-moral daquele a quem denominamos 'Príncipe dos Apóstolos': "Como primeiro papa, São Pedro estabeleceu o padrão para todos os seus sucessores. E como muitos deles, ele pecou por omissão e covardia, e ocasionalmente por impetuosidade. A despeito do favor divino, continuou demasiado humano. Porém, o primeiro e melhor dos papas superou tudo isso, manteve seu rebanho pelo mundo conhecido e, no final, morreu por isso" (p. 35). Logo, percebemos que a fé católica não é estéril a quem quer que seja; antes, desde aquele que foi constituído basilar na fé pelo próprio Deus, percebemos que ao ato de crer enriquece-se o ato de viver, de compromisso com esta mesma fé.


Isto também vemos na vida de Paulo em tantas passagens do Novo Testamento, principalmente neste "balanço" que, já aprisionado, o Apóstolo dos Pagãos faz da sua existência totalmente modificada pela fé; existência que se tornou missão (cf. 2Tm 4,6-8.17-18). Para esta "Segunda Coluna", a fé equivale à Verdade. Portanto, mergulhar na fé é conhecer a Verdade; viver a fé é viver conforme a Verdade; é viver conforme Cristo; é comprometer-se radicalmente com Ele: "Já não sou eu quem vivo, é Cristo quem vive em mim" (Gl 2,20).


Sim. A fé é compromisso corajoso da vida com a Verdade-Cristo. E isto souberam viver Pedro e Paulo, e ambos foram coroados "um pela cruz e outro espada" (Bênção solene de São Pedro e São Paulo): Pedro, como narra a tradição, crucificado de cabeça para baixo, julgando-se indigno de morrer a morte do Senhor que negara; Paulo, com um tríplice ricochete da cabeça, cada um dos quais causou a saída de um jorro de água (cf. Actos de Pedro e Paulo do Pseudomarcelo, do século V); mortes que inspiraram e inspiram a fé, a vida e o audacioso e autêntico testemunho de tantos outros cristãos. Por tal motivo, Eusébio de Cesareia chamar os seus sepulcros em Roma de "troféus" (cf. História Eclesiástica 2, 25, 6-7), ao que denominamos as suas vidas e martírios de "joias", pois valorizam o inestimável valor da riqueza da fé católica, cara aos olhos de Deus, que no-la concedeu, preciosa ao coração dos filhos que muito amam a Mãe Católica, que nos gerou para esta mesma fé no dia do nosso Batismo, e que, por ela, conduz-nos à salvação.


Padre Everson Fontes Fonseca, pároco da paróquia Sagrado Coração de Jesus (Grageru).


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